23 de set. de 2008

Boletim Musical nº 01

Caso alguém se interesse, aqui vão os sons que andam pirando minha cabeça últimamente.

Em primeiro lugar, me dei conta de que, sim, como já dizia o Mestre Fábio Nutzler: o Muse é a maior banda do mundo hoje. Comprei o ingresso pro show meio ressabiado, pois já tinha ouvido o Absolution e o Black Holes & Revelations e não gostado muito de nenhum... achava um rock pesado demais, com um "quê" de gótico que não curto. Enfim, o show foi bacana, valeu a pena mas, a virada ocorreu mesmo quando comprei o Black Holes & Revelations: depois de algumas ouvidas in a row, finalmente Supermassive Black Hole, Starlight e, principalmente, Knights of Cydonia, fizeram sentido. Essa última então é um hino, uma aula de rock. Absolutamente imponente e empolgante.

Em segundo, temos o Wilco, com seu belíssimo Sky Blue Sky. Depois de recomendações do amigo Diego Maza, com frases como "gostaria de nunca ter ouvido Wilco, para ter o gostinho de ouví-los de novo pela primeira vez", fui atrás. De fato, o Sky Blue Sky é um discaço: um rock calmo, gostoso de se ouvir. Gostei muitíssimo de Either Way, Either Way e Walken.

O próximo não é novidade pra ninguém: o que devemos é registrar a maturidade, criatividade, beleza e sensibilidade das músicas dos mineiros do Pato Fu. Outro dia, ouvi uma sequência fudida, com Canção Para Viver Mais, Ninguém, 171, 30.000 Pés, e me dei conta de quanto o Pato Fu é excelente, mas não recebe esse reconhecimento. Desafio qualquer um a citar uma banda de rock nacional na ativa ainda hoje que mantenha um nível de produção tão bom e tenha no currículo albuns e canções boas.

Uma dica um pouco mais alternativa é a trilha sonora do filme Crash, de 2005. Além do filme ser um Top 10 na minha lista de todos os tempos, a trilha sonora é de chorar. Lembra das cenas em que o Matt Damon salva a mulher do carro em chamas, e do fim do filme, que mostra todos os personagens, um a um? Lembra de quais eram as músicas? Pois é, meu amigo: baixe essa trilha sonora agora, vc não se arrependerá. As músicas arrepiam até o fundo da alma.


Por último, mas não menos brilhante, sugiro a compra de um verdadeiro milestone na história do Jazz: A Love Supreme, de John Coltrane. Como diz no encarte, esse disco é um "presente de Coltrane para Deus"; já a resenha no Allmusic começa com "Easily one of the most important records ever made". Tudo o que neste Boletim recomendo fortíssimamente. No entanto, A Love Supreme é absolutamente obrigatório.

Na próxima edição do Boletim Musical, comentários sobre os novos Oasis, Verve e Marcelo Camelo.

Dúvidas, críticas e sugestões de discos e músicas são bem-vindas! Use o espaço abaixo para comentários, ele é seu ;-).

4 comentários:

  1. Muse, que no mês passado fez um show tão burocrático que deixou minha paciência no cheque especial.

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  2. Muse! Muse! Muse!



    "Abaixo aos comentários do infeliz que postou no blog do Lúcio Ribeiro."

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