
Por natureza, eu desconfio do hype. Quanto mais hype alguma coisa, menos chance de eu gostar. Foi por isso mesmo que, no início de 2008, não dei muita bola para o Vampire Weekend, depois de vê-los, na mesma semana, em blogs de gostos duvidosos, Folha de SP, Rolling Stone, etc...
Eis que agora, já no finalzinho do ano, me surpreende constatar que, ao ouvir o som dos caras, talvez esse seja o álbum mais bacana de 2008. Um sonzinho leve, remetendo ao início de carreira dos Paralamas. Um quê de ska, música havaiana, jovem, "irresponsável", somado à vocais dignos de Peter, Paul & Mary, totalmente anos 60; diria sem medo que ainda rola uma pitada de Belle & Sebastian. Enfim, uma delícia de ouvir. Basicamente, esse disco poderia ser a trilha sonora daquele jogo de Nintendinho, o Adventure Island, com aquele menininho quase nu, jogando machadinhas nos adversários ao longo da ilha quase deserta.
Num ano de decepções (vide Keane e Oasis), com destaque demais para bandas fracas com shows barulhentos (vide Foals), o Vampire Weekend mostra que ainda há muita coisa bacana a ser feita.
Queimei minha língua. Reveillón 2008-09 deu Vampire Weekend. Brought to you by SmokingPaper.com
ResponderExcluire Peter Gabriel too!