Sábado a noite, começa a passar a reprise do CQC da semana. "Finalmente, vou poder assistir ao programa", penso eu, já que nunca consigo às segundas.
O meu interesse no programa é justificado pelo grande burburinho e atenção da mídia em stand up comedy e humoristas desse mercado, como o tal do Rafinha Bastos, que já pode ser visto fazendo propaganda de mais 47389 produtos, na TV e na internet.
Pois bem, começa o programa e é mostrado o Festival de Cinema de Vezena. Para começar, aquela palhaçada de sempre de invadir festivais, usando credenciais ilegais ou qualquer outra artimanha que o "jeitinho brasileiro" pode inventar. Enfim, nada original, engraçado ou interessante.
Começa a entrevista coletiva com a Charlize Theron, e vem a pergunta do reporter do CQC: "Charlize, meu nome é fulano, sou do Brasil, do programa Custe o que custar. Gostaria de me casar com você e, para tal, queria saber: de qual lado da cama você prefere dormir?".
A partir daí, começa um pequeno "bate-boca" entre a atriz e o repórter, absolutamente desnecessário e sem graça, para nao dizer constrangedor, tanto com quem estava presente no momento quanto para os telespectadores como eu.
Me pergunto: o CQC não era para ser engraçado? Não era um humor inteligente? Uma afronta ao Pânico? Honestamente, o que eu vi foi um quadro absolutamente desagradável, burro e que enraiza e propaga ainda mais o conceito ruim que o pessoal lá fora tem do brasileiro. Se fosse uma sacada boa, ainda vá lá, mas não: o infeliz repórter do CQC apenas criou tumulto, se passou por bobo e enfatizou ainda mais a péssima imagem que os brasileiros possuem no exterior.
Quem gosta do programa, certamente acha isso normal, pensa que é o caminho certo pra crescermos como nação: passando uma imagem de povo "engraçado", "animado" e "metido a esperto". Depois, esses mesmo ficam bravos quando países como a Espanha barram brasileiros.
Certo os espanhóis. Somos uns babacas, pois é justamente isso que divulgamos para o mundo.
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