30 de dez. de 2008

Antonio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim


Admito, não é o músico que mais gosto, que mais me causa furor;

Mas é impossível não reconhecê-lo como o maior de todos.

Para todo e sempre.


Mas pra que
Pra que tanto céu
Pra que tanto mar,
Pra que
De que serve esta onda que quebra
E o vento da tarde
De que serve a tarde
Inútil paisagem

Pode ser
Que não venhas mais
Que não voltes nunca mais
De que servem as flores que nascem
Pelo caminho
Se o meu caminho
Sozinho
É nada

É nada
É nada



25 de dez. de 2008

Batman - O Cavaleiro das Trevas [The Dark Knight - 2008]


"Why So Serious?"

Que eu sou um cara implicante, beleza; o Rafa realmente conseguiu definir minha personalidade de forma única. No entanto, existem situações que potencializam essa implicância. E um ótimo exemplo que as descreve são filmes de heróis dos quadrinhos.

Hoje, já sou nenhuma grande leitor de gibis, não acompanho tão de perto. No entanto, houve uma época, entre os 14 e 18, na qual meu pai certamente queria de me deserdar: foi entre esses quatro anos que comprei grande parte dos meus 1.500 gibis, hoje atochados num armário em Santos. Na verdade, meu pai queria me deserdar e minha mãe jogá-los fora. Enfim, basicamente qualquer gibi nacional da Marvel, DC ou Image lançado nesse tempo, terá uma cópia no meu ármario. E, apesar das mais variada gama de heróis e temas, os meus preferidos sempre foram Homem-Aranha e Batman.

Por conhecer tão bem a história e gostar tanto desses personagens, é que eu fico com o pé atrás quando saem esses filmes, com divulgação mega blockbuster, para atrair todo e qualquer interessado num mero filme de ação, que não tem a menor idéia da história do personagem.

Já fui supreendido posivita e comprevei negativamente algumas obras. O primeiro Homem-Aranha, por exemplo. Relutei quando saiu o filme, fui assistir uns quatro meses depois, e quase saí às lagrimas da sala: que bela representação do Amigo da Vizinhança. No entanto, a alegria durou pouco: as sequências do filme são detestáveis.

O mesmo aconteceu com o Batman: alguém já viu o Batman 4? Com o Bane, simplesmente o cara que quebrou sua coluna vertebral, parecendo um mongolóide, e aquele lance de "Batman Credicard", no leilão pela Hera Venenosa? Um imbecil que bota uma bosta dessas no ar devia ser preso.

Mais uma vez, relutei para assistir o tal Dark Knight.

No entanto, graças a Deus, sai satisfeito da experiência.

O filme em si não é uma maravilha: demora para engrenar, o história é até bem amarrada mas frágil (Batman mostrando sua identidade? Não creio). O grande ponto é quando o Coringa é preso e começar a falar groselha para todo lado. Aliás, groselha não: palavras aterrorizantes, extremamente bem escolhidas por um psicopata de primeira.

O grande ponto do filme é a dualidade herói/vilão entre Batman e Coringa. Quem é o bom ou mal dessa história? Os dois estão lá fazendo o quê? Para comparar: o Homem-Aranha (que eu também amo, vale dizer), em 100% dos gibis se lembra do lance do "Grandes poderes geram grandes responsabilidades". Isso é bem legal, mas chega a ficar infantil quando ele vai brigar com algum dos seus inimigos que querem apenas ficar ricos ou dominar o mundo.

Com o Batman é uma coisa muito mais psicológica, que envolve loucura e ações doentias: não é a toa que o Asilo Arkhan está sempre presente nas histórias. Depois da mortetrágica de seus pais, na sua frente, ele decidiu se tornar um herói, e vê surgir a sua volta uma penca de vilões, apenas para destruí-lo. Enfim, começa o questionamento: "quem quer salvar quem"? O diálogo final entre Batman e Coringa é antológico: a grande verdade é que ambos dependem um do outro para continuar seguindo, seja o que camihno que for.

Palmas pro filme. A história, apesar de algumas derrapadas, coloca o Coringa nas alturas, como um dos vilões mais instigantes, loucos e aterrorizantes que existem (e, na minha ótica, isso se deve mais ao texto do que por conta do ator). Em templos de idolatria a "Floras" da vida, o cara que manda nessa é mesmo o Coringa.

O Batman pode até ser querido por crianças; mas a verdade é que ele é um dos heróis mais densos, com histórias para levantar questionamentos até no mais cético, racional e, por que não, "normal" adulto.

19 de dez. de 2008

Um dia seremos todos psicopatas

(Texto escrito por Arnaldo Jabor)

"A extrema maldade de Flora na novela A Favorita nos faz indignados e fascinados. Patrícia Pilar está dando um show, como também Glória Pires fez no passado com Maria de Fátima em Vale Tudo, que iniciou a leitura da psicopatia brasileira. Ela está em toda parte, na política principalmente, na busca louca do sucesso, na fuga do anonimato e em sua decorrência: o crime.

Antigamente, nos romances e filmes, nos identificávamos com as vítimas; hoje, nos fascinamos com os vilões. Não torcermos mais pelos mocinhos - torcemos pelos bandidos. Por que? Bem, porque os psicopatas são o nosso futuro, a vida moderna nos levará a isso. Pensem no último Coringa, do Batman, interpretado pelo falecido Heath Ledger.

Diante dos cadáveres, da miséria, do cinismo, somos levados a endurecer o coração, endurecer os olhos, a ser cínicos em busca de um funcionamento comercial. Do contrário, seremos descartados, tirados de linha como um carro velho.

A sociedade está parindo legiões de psicopatas, muitos disfarçados de chiques ou light. Nem todo psicopata esquarteja mulheres no parque. O livro Mentes Perigosas, da psiquiatra Ana Beatriiz B. Silva, nos dá medo: a cada 25 pessoas, uma é psicopata. Podem passar a vida toda tranquilamente, prejudicando os outros, sem nunca serem descobertas.

O psicopata light, que não faz picadinho de ninguém, tem as mesmas molas que movem o esquartejador. Ele parece muito sadio e simpático. Não é nervoso nem inseguro. Tem encanto e inteligência; sem afetividade ou culpa para atrapalhar, tem uma espantosa capacidade de manipulação dos outros, pela mentira, sedução e, se precisar, pela chantagem.

Questionado ou flagrado, o psicopata sempre se acha inocente ou vítima do mundo, do qual tem de se vingar. Ele, em geral, não delira. Suas ações mais absurdas e crueis são justificadas como lógicas, naturais, já que o outro não existe. Não sente nem remorso nem vergonha do que faz (o que nos dá uma secreta inveja). Ele mente compulsivamente, muitas vezes acreditando na própria mentira, para conseguir poder. Seu fraco amor aparece apenas como posse ou
controle. Não olha para dentro de si, nem aprende com a experiência, simplesmente porque acha que não tem nada a aprender.

O psicopata não deprime. Ele atua e pode fazer muito sucesso num mundo onde a alegria falsa e maníaca é obrigatória. Estes tempos de alegria obrigatória são sopa no mel para os psicopatas, os chamados psicóticos sãos como os nomeiam alguns psicanalistas hoje.

Hoje em dia é proibido sofrer. Temos de funcionar, temos de rir, de gozar, de ser belos, magros, chiques, tesudos, em suma, temos de ser uma mímica dos produtos de qualidade total. Para isso, há o Prozac, o Viagra, os uppers, os downers; senão, nos encostam como arcaicos. "A depressão não é comercial", disse-me uma bichinha chorando, um costureiro à beira do suicídio que tinha de sorrir sempre, para as freguesas, para as fotos, senão perdia a clientela e a fama.

No entanto, a depressão importa. A melancolia é fundamental para a criação e para a felicidade. Estamos erradicando uma força cultural brutal, a musa por trás de muita arte, poesia e música. Estamos aniquilando a melancolia.

Há uma nova ciência, a ciência da felicidade. Parece realmente ser uma era de perfeito contentamento, um grande mundo novo de sorte persistente, alegria sem problemas, felicidade sem penas. Mas sem um desencanto com o sentido da vida, sem um ceticismo crítico, sem a morte no pensamento, ninguém chega a uma reflexão decente.

A melancolia, longe de ser uma mera doença ou fraqueza de espírito, é quase um convite milagroso para transcender este status quo banal e imaginar as inimagináveis possibilidades de existência. Sem melancolia, a Terra iria provavelmente se congelar num estado fixo, tão previsível como o metal. Só com a ajuda da angústia constante este mundo à beira da
morte pode ser transformado, reavivado, levado ao novo.

Quando nós, com aparente felicidade, nos seguramos numa ideologia qualquer, este mundo subitamente parece entrar numa coerência estática, uma divisão rígida entre o certo e o errado. O mundo, dessa forma, torna-se desinteressante, morto.

No Brasil, com a crise das utopias e com a exposição brutal de um escândalo por dia, com a propaganda estimulando a ridícula liberdade para irrelevâncias, temos o indivíduo absolutamente sozinho. Isso leva a um narcisismo desabrido, base da psicopatia. Somos hoje sem limites morais em luta por um lugar ao sol. Ou pela fama ou por um golpe na praça.
Queremos ser ricos ou famosos. A sobrevivência moderna precisa do crime, cada vez mais.

E esse comportamento está deixando de ser uma exceção. O psicopata é um prenúncio do futuro, quando todos seremos assim para sobreviver. A velha luta pela ética, pela paz, pela solidariedade está virando uma batalha vã. Esses sentimentos humanos só foram possíveis historicamente. Raros foram os momentos em que vicejaram. Os chamados comportamentos humanos estão se esvaindo na distância. O que é o humano hoje? O humano está virando apenas um lugar-comum para uma bondadezinha submissa, politicamente correta. O humano é histórico também. Talvez não haja mais lugar para esse conceito, que é mutante. Somos máquinas desejantes que nos transformamos com o tempo e a necessidade.

Antes, os psicopatas tocavam num mistério que não queríamos conhecer. Tínhamos medo deles. Hoje, temos de competir com os psicopatas, que em geral nos vencem, com sua eficiência, rapidez e falta de escrúpulos. Estamos vendo que essa antiga doença vai acabar virando uma virtude no futuro.

Ficou arcaica a idéia de compaixão e um dia seremos tocados pela graça da insensibilidade. Como os psicopatas. Temos de esfriar o coração para viver no Brasil. Por enquanto ainda falamos Que horror!, mas um dia chegaremos a um coração perfeitamente frio.

Um dia seremos todos psicopatas."

Alanis!


Tinha uma época em que, para rolar um show decente aqui no Brasil, você precisava esperar séculos de especulações e negociações para que eles rolassem.

Hoje, ainda bem, os tempos são outros. Estava lendo minha Folha tranquilo hoje pela manhã quando vejo um anuncio gigantesco: "Alanis Morissette - 02/02/2009 - Via Funchal".

Não que seja a primeira vez que ela vai tocar aqui no Brasil (de fato, não é mesmo). O ponto é que hoje é muito mais fácil e corriqueiro você se deparar com shows internacionais por estas bandas varonis.

Que 2009 reserve um monte de ótimas surpresas como a que eu tive hoje ;-).

18 de dez. de 2008

Sou [2008] - Marcelo Camelo


Odeio intelectualóides. Por outro lado, gosto de pessoas despretensiosas, tranquilas consigo mesmas, com o que são. Deve ser por isso que sempre gostei mais do Amarante do que do Camelo. Vou além: é por isso que, preconceituosamente, na primeira ouvida do disco "Sou", o espinafrei. Felizmente, com mais razão e menos emoção, mudei minha opinião.

Eu tinha motivos, vai: os infames nome/capa do álbum já denunciam o "atormentado" Camelo na tentativa de criar uma sacada genial. Até acho válida a investida, mas ele se superou em termos de mau gosto. Certamente, os fãs do cultuado Camelo amaram a "brincadeira" do Sou/Nós; os fãs que admirarm apenas o artista, como eu, torceram o nariz.

Na primeira audição, aquela melancolia adquira no 4, mas muito mais profunda... mais melancólica. Meu, de onde esse cara tira tanta tristeza? Por que tanta música triste, questionadora? Não dá para simplesmente curtir a vida?

Não. Finalmente me toquei que não. Senão, não seria uma obra de Marcelo Camelo.

Aos poucos, você começa a descobrir as pérolas: "Menina Bordada", deliciosa, com sua letra simples e melodia contagiante; Doce Solidão, que leva a amargura de Camelo à últimas consequências ("Solidão, foge que eu te encontro / Que eu já tenho asa / Isso lá é bom, doce solidão?"), e o ponto máximo do disco: Copacabana. É com canções como essa, assim como Dois Barcos e Conversa de Botas Batidas, por exemplo, que você aprecia e parabeniza a versatilidade de Camelo como compositor: só um cara conhecedor de música, com bom senso, bom gosto,
consegue compor pérolas como essa.

Concluindo: ouça o disco sem compromisso, apenas curtindo a vozinha mansa, as letras gostosas e a levada tranquila. Você vai gostar, não tenho dúvidas.

Acho que um dos meu grandes prazeres em ser um cara taxativo, implicante, 8 ou 80, é que, dessa forma, posso quebrar feio a cara; e, nesse caso do Camelo, quebrei com gosto.

Valeu, Camelo ;-)

16 de dez. de 2008

Nascido em 4 de Julho (Born on the Fourth of July - 1989)


"A true story of innocence lost and courage found."


Nascido em 4 de Julho é um dos melhores filmes de guerra que já assisti. E o mais legal é: para definir de forma rápida e objetiva, este filmaço de Oliver Stone trata de desilução. A guerra em si fica em segundo plano.

É interessante notar que outros clássicos filmes de guerra, como Apocalypse Now e Platoon, mostram as entranhas da guerra, são todos passados em campos de batalhas, trincheiras, etc. Nascido em 4 de Julho não: além de toda a simbologia envolvida, como o próprio nome do filme, mostra o envolvimento de um adolescente, Ron Kovic, com o sentimento pré-guerra, embuido em entrar para o exército (no caso, os Marines) para lutar pelo seu país contra o comunismo; uma rápida passagem pela guerra em si, onde ele tem contato com a morte de colegas, civis inocentes e fica paraplégico; e terminando com sua volta aos Estados Unidos, como um veterano de guerra inválido aos 20 e poucos anos. É aqui que o bicho pega.

Por duas horas e meia, acompanhamos um garoto de sentimentos pátrios e ufanistas aflorados se trasnformando num grande ativistas contra uma guerra absolutamente sem sentido, pelo qual ninguém, nem em seu próprio pais, está dando absolutamente a mínima para quem está lá no front literalmente se fudendo. É intrigante e comovente acompanhar a reviravolta em torno de seus pontos de vista, pensamentos, vontades, desejos... enfim, seus valores e ideologia.

A vida é cheia de desilusões, mas temos que buscar motivação para seguir em frente. Poucos filmes retraram esse sentimento como Nascido em 4 de Julho.

10 de dez. de 2008

Testemunha de Giovanni

Faz exatamente 13 anos que a Placar dava a sua terceira nota "10" na história da Bola de Prata.

Faz 13 anos que meus olhos viram uma das maiores exibições de futebol na história da humanidade.

10/12/1995. Obrigado, Don Giovanni

9 de dez. de 2008

Chupa, babacão do CSS

Falta de senso de humor é foda. Que esse lixo de Cansei de Ser Sexy vá para a puta que o pariu.

Não entendeu nada? Confira > http://csshurtssuxxx.blogspot.com/2008/12/this-is-what-people-think-we-are-in.html

Vampire Weekend [2008] - Vampire Weekend


Por natureza, eu desconfio do hype. Quanto mais hype alguma coisa, menos chance de eu gostar. Foi por isso mesmo que, no início de 2008, não dei muita bola para o Vampire Weekend, depois de vê-los, na mesma semana, em blogs de gostos duvidosos, Folha de SP, Rolling Stone, etc...

Eis que agora, já no finalzinho do ano, me surpreende constatar que, ao ouvir o som dos caras, talvez esse seja o álbum mais bacana de 2008. Um sonzinho leve, remetendo ao início de carreira dos Paralamas. Um quê de ska, música havaiana, jovem, "irresponsável", somado à vocais dignos de Peter, Paul & Mary, totalmente anos 60; diria sem medo que ainda rola uma pitada de Belle & Sebastian. Enfim, uma delícia de ouvir. Basicamente, esse disco poderia ser a trilha sonora daquele jogo de Nintendinho, o Adventure Island, com aquele menininho quase nu, jogando machadinhas nos adversários ao longo da ilha quase deserta.

Num ano de decepções (vide Keane e Oasis), com destaque demais para bandas fracas com shows barulhentos (vide Foals), o Vampire Weekend mostra que ainda há muita coisa bacana a ser feita.

5 de dez. de 2008

Sim, Mario Kart é o jogo mais foda da história

Você se acha o bonzão em Geografia?

Então vai fundo > http://www.travelpod.com/traveler-iq/

Boa diversão!

Finalmente, o dia chegou


Nessa minha morte e vida severina, já tive a oportunidade de assistir ótimos e ansiosamente aguardados shows. Roger Waters no Pacamebu, em 15/03/2002; Coldplay no Via Funchal, em 03/09/2003. Além desses, poderia listar muitos outros, desde Keane e Franz Ferdinand, passando por B.B. King, chegando até Pato Fu e Supercordas.

No entanto, de uns tempos para cá, o frase que mais repito, quando vou num show, é: "quem eu queria ver mesmo era o Radiohead. Esse show eu veria nem que fosse no interior do Acre, e o ingresso custasse R$ 1.000,00. Foda-se, Radiohead é o show da vida. Vale tudo."

A minha ficha ainda não caiu, mas a verdade é que esse dia chegou: será em 22/03/2009. Aqui em São Paulo, bem mais perto que o Acre, e com ingresso bem barato do que o que "estaria disposto" a pagar. Comprei o ingresso faz duas horas, via internet.

Desde que o OK Computer me "fisgou", em 2000, eles se tornaram minha banda preferida. E, finalmente, os verei ao vivo.

Que a minha ficha caia e Deus tenha piedade de nós.

4 de dez. de 2008

Internacional, "o clube do povo do Rio Grande do Sul"

Uma pequena homenagem ao Inter, Campeão da Sul-Americana 2008: segue abaixo a letra do lindíssimo hino do clube.

Composição: Nélson Silva
Celeiro de Ases (Nélson Silva, 1957)

Glória do desporto nacional
Oh, Internacional
Que eu vivo a exaltar
Levas a plagas distantes
Teus feitos relevantes
Vives a brilhar
Correm os anos, surge o amanhã
Radioso de luz, varonil
Segue tua senda de vitórias
Colorado das glórias
Orgulho do Brasil

É teu passado alvi-rubro
Motivo de festas em nossos corações
O teu presente diz tudo
Trazendo à torcida alegres emoções
Colorado de ases celeiro
Teus astros cintilam num céu sempre azul
Vibra o Brasil inteiro
Com o clube do povo do Rio Grande do Sul

"Dá gosto de ver jogar"

Foi um deleite assistir Inter x Estudiantes ontem. Não somente pelo jogaço em si, brigado, cheio de lances disputados, típica de final de torneio sulamericano. E, sim, por um jogado em especial: Juan Sebastián Verón

Se o Estudiantes quase levou a taça em pleno Beira-Rio, muito foi por conta da técnica apurada desse jogador: um legítimo camisa 10, dando assistência para todos os jogadores do ataque, fazendo tabelas, lançando, dominando com maestria aquele "tijolo" passado por um companheiro mais grosso. O cara quase deixou o a zaga do Inter completamente desnorteada.

O mais legal é ver que, se ele não é mais um menino e não corre que nem o Nilmar, a incrível técnica não se perde com o passar do tempo. O Bidú, camarada aqui do BuscaPé, definiu com perfeição o Verón: "dá gosto de ver jogar".

Fica aqui minha singela homenagem ao jogador. Honestamente, não acompanhei muito a sua carreira; mas que ontem deu gosto de ver o cara comer a bola, ah, isso deu.

3 de dez. de 2008

Palavra do dia: GAMBIARRA


No ultimo mês, no Distrito Federal , mãe e filho morreram eletrocutados quando o menino, de 2 anos, tocou em um varal próximo a uma gambiarra ligada à corrente elétrica. Ao tentar salvar o filho, a mãe de 33 anos também foi vitimada.

A palavra “gambiarra” tem sua etimologia obscura, e no texto acima, designa uma extensão irregular para levar eletricidade a determinado ponto. O termo também pode designar uma solução improvisada com o objetivo de resolver um problema, na maioria das vezes num ambiente doméstico.

>> Definição do “iDicionário Aulete”
GAMBIARRA (gam.bi:ar.ra)
Substantivo Feminino.
1 Extensão de fio elétrico, com um ou mais bocais de lâmpada: Uma gambiarra iluminava o jardim.
2 Bras. Pop. Extensão ilegal para levar eletricidade a algum ponto ou remediar improvisadamente uma passagem de corrente elétrica; GATO.
3 Pop. P.ext. Qualquer solução improvisada para resolver um problema, ger. do ambiente doméstico.
4 Teat. Fileira de refletores suspensa acima do palco.
[Formação: obscura.]

iDicionário Aulete: O primeiro dicionário livre, gratuito e interativo do Brasil. A palavra é sua!

2 de dez. de 2008

Octavio Café: uma verdadeira aula de (ótimo) Marketing


Se você perguntar para um bom profissional de marketing qual a melhor forma de encantar clientes, ele responderá: através do "Marketing de Experiência". Basicamente, o Marketing de Experiência consiste em maravilhar os clientes não só pelo produto/serviço que está sendo oferecido, mas sim durante todo o processo de compra e contato com a marca. No entanto, como a maioria das teorias de marketing, as empresas são muito boas no discurso mas pouquíssimas empresas sabem aplicá-las.

Porém, para minha surpresa, encontrei um lugar que sabe aplicar de forma soberba essa teoria: chama-se Octávio Café.

O Octávio Café fica na Faria Lima, nº 2.996, pertinho da Cidade Jardim. O primeiro espanto é logo na porta de entrada: um lugar gigantesco, em formato de xícara de café. Nesse momento, você se pergunta: "como eu nunca reparei nesse troço aqui no meio do Itaim?". Ao entrar, o lugar é suntuoso, lindo, fantástico. Você é prontamente atendido por alguma simpática hostess. O lugar é super espaçoso, as paredes decoradas, o cardápio cheio de coisinhas gostosas... enfim, tudo é tão bonitinho e gostoso que não há como não ficar encantado. É um lugar perfeito para curtir com uma moçoila, ou até mesmo fazer uma reunião num lugar mais agradável do que um enfadonho escritório.

Para quem quer entender um pouquinho mais de marketing, o Octávio Café é uma verdadeira aula. Você vai entender porque um lugar cobra até R$ 4,00 por um café, e você paga esse valor com gosto.

Vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa

A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.

Quando se vê, já são seis horas!
Quando se vê, já é sexta-feira. ..
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê, perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê, já se passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado.

Se me fosse dado, um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando, pelo caminho, a casca dourada e inútil das horas.

Desta forma, eu digo: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo;
a única falta que terá, será desse tempo que infelizmente não voltará mais.

(Mario Quintana)

1 de dez. de 2008

Parabéns São Paulo: Campeão Brasileiro de 2008!

A festa foi linda ontem no Morumbi. Depois de cantar vitória ao longo de toda a semana, a torcida do São Paulo comemorou muito o título em cima do Fluminense.

A imprensa, mais uma vez, não errou: também cantou vitória, e é claro que ela veio contra o fraco tricolor carioca, um time com nem 20% da tradição do enorme tricolor paulista.

A toricda fez a sua parte durante todo o campeonato , e ontem não decepcionou: lotou o Morumbi nos 19 jogos do time em seu estádio. Ontem, mesmo quando o placar estava adverso, apoiou muito!

Futebol é isso aí: vitória cantada, vitória consumada. Quem disse que não se ganha de véspera no futebol?

Parabéns São Paulo!


Ps.: interessante a nova versão da taça para o campeão brasileiro...